EVERTON LOPES BATISTA
ENVIADO ESPECIAL A CANANEIA (SP)
No sul do Estado de São Paulo, dentro dos limites de Cananeia (a 256 km da capital), está a ilha do Cardoso, um parque estadual que ocupa mais de 130 quilômetros quadrados com praias vazias e natureza preservada. Tudo cercado por muita água.
Para chegar lá, só de barco. As saídas são frequentes a partir de Cananeia. O preço do aluguel de uma voadeira, tipo comum de embarcação na região, usada por moradores da cidade e da ilha, varia com a distância.
Em geral, custa entre R$ 150 -para a praia do Pereirinha, a cerca de seis quilômetros de Cananeia- e R$ 600 até a vila do Marujá, a 37 quilômetros da cidade.
Uma vez iniciado o passeio, prepare a câmera: o boto-cinza aparece aos montes, principalmente nas proximidades da praia do Pereirinha.
Já na ilha, o passeio pode começar pelo Núcleo Perequê, onde uma parte dos pouco menos de 400 habitantes da localidade vivem.
Ali existe um espaço para a recepção de visitantes. Inaugurado em 2010, o prédio guarda painéis e objetos que explicam a biodiversidade e os diferentes locais dentro da ilha e ainda um imenso esqueleto de baleia.
O lugar não está muito bem conservado, mas tem guias que acompanham o turista -apenas monitores autorizados pela administração do parque têm permissão para conduzir os passeios.
Também é no Perequê que começa a trilha sobre o mangue, uma das atrações imperdíveis da região.
Toda em madeira e com quase um quilômetro de percurso plano -o que a torna fácil-, a trilha leva até a praia do Pereirinha, passando por diversas espécies de árvores características do ecossistema costeiro e uma infinidade de caranguejos.
Na praia do Pereirinha, um único restaurante -comandado por família que mora na ilha- serve os visitantes. É possível fazer uma refeição com peixe, salada e arroz por R$ 40 em média e recuperar as energias com um mergulho junto aos golfinhos.
A praia nunca está muito cheia -o limite estabelecido pela administração do parque para garantir a conservação da biodiversidade é de mil banhistas por dia.
MATA PRESERVADA
Ainda mais bonito que o caminho da praia do Pereirinha é o percurso que leva a Marujá, vila a cerca de uma hora de barco de Cananeia.
Na chegada, a vegetação densa, praticamente intacta, e os morros -o mais alto, o do Pedro Luís, tem 890 metros- dão a impressão de que é a ilha de "Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros", filme de 1993.
Na altura de Marujá, a ilha é estreita. Um canal leva até a vila. Depois, com uma caminhada de mais ou menos dez minutos, chega-se ao outro lado, onde fica a praia do Marujá, ampla e deserta.
Quem quer ficar mais tempo por lá pode contar com a hospitalidade dos moradores. A maior parte das casas ganhou cômodos extra para se transformar em pousadas e receber turistas.
Para passar um tempo na ilha, no entanto, seja um dia ou uma semana, é necessário combinar o passeio e a estadia com antecedência.
Informações sobre guias, pousadas e lotação do parque podem ser consultadas pelo telefone (13) 3851-1163.
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Fonte: Folha de São Paulo
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