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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Cananéia ganha 2 projetos de conservação



A sétima edição do edital Costa Atlântica da Fundação SOS Mata Atlântica contemplou, em Cananéia, dois projetos que irão ajudar na conservação e desenvolvimento das áreas costeiras e marinhas. Os projetos aprovados envolvem trabalho de capacitação de guias de pesca, conservação em reserva extrativista e melhorias em parques marinhos da cidade, em uma iniciativa que tem o patrocínio da Repsol Sinopec e Anglo American. 

A crescente procura pelo Complexo Lagunar-Estuarino de Iguape e Cananéia como destino de turismo de pesca amadora aumentou a demanda por profissionais locais capacitados para atuar nesse mercado. Assim, a “Proposta de capacitação de guias de pesca e outros atores envolvidos no segmento da pesca esportiva no complexo lagunar-estuarino de Iguape e Cananeia, sudeste do Brasil”, um dos projetos aprovados no edital, se propõe a colocar em prática este programa de capacitação no segmento da pesca amadora, amparado por dados que foram gerados por outro projeto anterior, também apoiado pela SOS Mata Atlântica. O responsável pelo projeto é Domingos Garrone Neto, professor do curso de graduação em engenharia de pesca da UNESP de Registro.
O objetivo geral da proposta é pôr em prática um programa de capacitação de guias de pesca e outros atores envolvidos com o segmento da pesca amadora no Complexo Lagunar-Estuarino de Iguape e Cananéia, no sudeste do Brasil. O referido programa tem como principal intenção realizar vivências complementares a educação formal e à prática profissional, fortalecendo um processo inclusivo diferenciado voltado ao uso sustentável dos recursos pesqueiros, acompanhando as transformações sociais e ambientais observadas no Lagamar Paulista e no seu entorno atualmente. 


O segundo projeto a ser executado em Cananéia é o “Caminhos do Quilombo – Programa de fortalecimento do turismo comunitário na Reserva Extrativista do Mandira”, que tem como objetivo contribuir para a conservação da diversidade biológica na reserva através do fortalecimento da prática do turismo de base comunitária na Comunidade Quilombola do Mandira. Com ênfase na formação educacional e capacitação profissional direcionada a adolescentes, jovens e mulheres o projeto buscará promover valorizar o conhecimento tradicional comunitário incentivando a construção cooperativa de roteiros turísticos que destaquem suas riquezas naturais. O local possui manguezais muito bem conservados onde a comunidade realiza atividades de manejo sustentável – um dos principais destaques é o manejo da ostra do mangue. O projeto terá um sistema de gestão compartilhada que será construído de forma participativa com a responsabilidade de Sidnei Coutinho, coordenador comunitário e Fernando Oliveira Silva, biólogo, educador e produtor cultural.

O biólogo do Programa Costa Atlântica, Diego Igawa Martinez, ressalta a importância do edital. “Desde o primeiro até o sétimo edital, a SOS já conseguiu apoiar 37 projetos de outras instituições na área costeira e marinha. Esses projetos distribuem-se em 10 estados e apoiaram ações em 28 Unidades de Conservação. No segundo semestre de 2015, pretendemos lançar o oitavo edital e trabalhar ainda mais para incrementar os esforços de conservação na área marinha associada ao bioma Mata Atlântica”.
O programa Costa Atlântica existe desde 2006 e apoia o poder público e organizações da sociedade civil por meio do Fundo Costa Atlântica e do Fundo de Apoio às Unidades de Conservação Marinhas. O primeiro aposta em projetos de criação e consolidação de UCs marinhas e em iniciativas que aliem o uso responsável dos recursos naturais à conservação da biodiversidade. O segundo conta com a participação de doadores, pessoas físicas e jurídicas, para apoiar diretamente uma área marinha protegida e garantir a proteção, gestão e sustentabilidade no longo prazo. 

As propostas que foram selecionadas receberão, ao todo, até R$ 300 mil para investir na proteção da biodiversidade e dos patrimônios naturais, históricos e culturais nas áreas litorâneas associadas à Mata Atlântica, e no desenvolvimento e melhoria na qualidade de vida das comunidades locais. 

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