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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Barco de Cananéia encalha em praia de Santa Catarina



A segunda-feira ainda começava a clarear quando o pescador Isaias Silva, de 33 anos, acordou assustado com o impacto da batida do barco em uma pedra na praia de Itaguaçu, em São Francisco do Sul. A embarcação ficou encalhada.

— Quando eu olhei para o chão, a água já tava batendo no quarto e eu só ouvia o mecânico gritando: "levanta pessoal, pelo amor de Deus, o barco tá virando" — contou o pescador. 

Assim como Isaias, todos os tripulantes da embarcação estavam dormindo no momento em que o naufrágio ocorreu, por volta das 4 horas. 
—  Pareceria terrorismo. Fez muito barulho, como se tivesse quebrando tudo — descreveu o outro pescador, Jaime Souza, de 23 anos.
Este seria o 17º dia em que a embarcação que veio de Cananéia, São Paulo, e percorria o litoral Sul estaria no mar. Mas o barco já estava parado há quatro dias devido ao mau tempo, na praia da Enseada, em São Francisco do Sul. 





— A gente recebeu a orientação da Marinha para ancorar por causa do tempo ruim, quando parou em Itajaí para abastecer a embarcação com gelo — relatou Isaias.

Como não havia nada para fazer no domingo, eles jantaram, foram dormir e só acordaram quando a embarcação já havia sido carregada pelo mar até Itaguaçu.

O impacto da batida também fez com que  o desespero tomasse conta do tripulante Moisés Costa dos Santos, de 33 anos.
— O susto foi grande, ainda mais que eu não sabia o que estava acontecendo e só via espuma quando olhava em volta — confessou. 
Depois disso, o pescador contou que a primeira reação foi a de tentar salvar o barco, mas como não conseguiram fazer nada, a opção foi a de tentar recuperar tudo o que tinha dentro do barco.
Um morador de Itaguaçu, que tem casa em frente ao local do acidente, foi a primeira pessoa da região a ouvir o barulho da batida e a prestar os primeiros socorros aos náufragos. De acordo com os tripulantes, ele cedeu a casa para guardar os pertences pessoais e também serviu café da manhã.
A moradora Maria Aparecida Resende Ragioto também serviu café para os pescadores. 
— Eu fiquei comovida com o acidente e fiz café para eles, pois devem estar com fome  — disse ela.


O barco que encalhou na praia de Itaguaçu, em São Francisco do Sul, no início desta semana, continua na areia da praia. A embarcação pesqueira foi retirada na última quarta-feira da água, mas permanece na orla.
De acordo com a Capitania dos Portos de São Francisco do Sul, é de responsabilidade do proprietário o reboque do barco, o que já foi providenciado e deve ocorrer dentro dos próximos dias.
A embarcação pesqueira encalhou após bater em uma pedra por volta das 4 horas da última segunda-feira. O barco, que é de Cananéia (SP), tinha oito homens à bordo e estava ancorado na praia da Enseada, também em São Francisco do Sul, por causa do tempo ruim.
Durante a noite, as amarras se soltaram e o barco foi levado pelo mar até Itaguaçu. Nenhum dos tripulantes se feriu. Um morador, que ouviu o barulho da batida da embarcação na pedra, foi a primeira pessoa a prestar os socorros.
Dentro do barco havia 4 toneladas de tubarões de várias espécies, sendo a maioria de prionace glauck, mais conhecido como tubarão azul ou cação azul. De acordo com a Capitania dos Portos, todos as espécies pescadas estavam de acordo com a lei.



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Fonte: A NOTÍCIA

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